AMORES DE INFÂNCIA
(Isabel Cristina Pereira Lopes)
Ela amou aos nove, aos doze, aos quinze, aos vinte anos
e daí
por toda vida...
Como tomou consciência do amor não há como sabê-lo;
isso
parece nascer dentro da gente como o próprio coração,
vai tomando forma,
crescendo até que um dia pulsa.
Ela amou o caixeiro viajante, o vizinho, o amigo do vizinho,
o colega de escola e saiu pela vida a fora amando.
Nenhum amor de infância foi
concretizado,
nem um beijo, nem um abraço, nem um bilhete.
Meninas naquela
época se contentavam com a simples presença do amado, com a ideia romântica de
serem princesas na vida de alguém.
Meu Deus, como era bonito amar naquele
tempo.
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